A desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira foi empossada no cargo de presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) para o biênio 2022/2023. A cerimônia ocorreu na terça-feira (1/2), no Plenário Ministro Pedro Soares Muñoz, no edifício-sede do TJ, em Porto Alegre.
Também tomaram posse o 1º vice-presidente, desembargador Alberto Delgado Neto; o 2º vice, desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira; a 3ª vice, desembargadora Lizete Andreis Sebben; e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Giovanni Conti.
Em seu discurso de posse, a nova presidente do tribunal destacou o fato inédito de uma mulher discursar na posição de presidente do TJ-RS nos quase 150 anos da Casa. “Fato que muito me honra por representar o ápice de uma trajetória de vida embasada sempre no respeito às pessoas e na busca incessante pelo conhecimento”, disse a desembargadora.
Iris Helena afirmou também que o diálogo será uma das características da nova administração. “Estaremos definitivamente abertos ao diálogo sem, contudo, deixarmos de garantir nossa independência e toda a proteção necessária e inerente ao Poder responsável por solucionar conflitos de toda ordem”, disse.
A magistrada destacou ainda a importância do bom relacionamento com os demais Poderes. “Só há um caminho para a consolidação do Estado Democrático de Direito: basear suas ações na harmonia entre seus líderes, cuja relevância está justamente na capacidade de entender a importância da preservação da independência constitucional de cada Poder e instituição.”
A nova presidente do tribunal disse ainda que irá implantar integralmente o programa de virtualização processual, em primeiro e segundo graus, e garantiu a digitalização dos processos físicos remanescentes. Segundo ela, em seu mandato a Justiça do Rio Grande do Sul “se tornará 100% digital, no menor espaço de tempo possível”. “Seremos um Judiciário 4.0, conectado, ágil e transparente”, afirmou.
Iris Helena também elogiou a condução do Judiciário gaúcho pelo desembargador Voltaire de Lima Moraes, que presidiu o TJ no último biênio. “Sua postura estadista, porém sensível, foi fundamental no enfrentamento desta atroz pandemia e seus reflexos, demonstrando solidariedade com os demais Poderes e instituições, contribuindo sobremodo no contingenciamento orçamentário e agindo de forma extremamente ágil”, disse a presidente. Com informações da assessoria do TJ-RS.
Conjur