O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS) suspendeu a paralisação de 72 horas da categoria, na tarde desta quinta-feira, após a Federação Única dos Petroleiros (FUP) ter recomendado o fim da paralisação. A decisão ocorre um dia depois que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ampliou a multa diária imposta às entidades.
Por maioria, os petroleiros gaúchos decidiram pelo retorno imediato ao trabalho na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Os funcionários se reuniram no pátio da Refap para debater os rumos da mobilização. A categoria volta a se encontrar na próxima semana. Uma das hipóteses em estudo é uma greve por tempo indeterminado.
Mais cedo, a FUP sugeriu a suspensão da greve e orientou os sindicatos regionais a tomarem a mesma decisão após o TST ter elevado a multa de R$ 500 mil para R$ 2 milhões por dia de paralisação. Em comunicado, a entidade denunciou o que chama de “grave violação dos direitos sindicais”.
“A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, sustentou a FUP, na nota divulgada hoje.
Os petroleiros decretaram greve de 72 horas, que teve início à meia-noite de quarta-feira. A categoria exige mudanças na política de preços da Petrobras e a demissão do presidente da estatal, Pedro Parente.
Rádio Guaíba