Evento voltado a produtores de pinus debate e capacita para a prevenção e monitoramento da praga,
abordando também situação atual e perspectivas da cadeia produtiva do setor florestal na região.
Após a realização nas regiões da Serra e Centro-Sul, o Encontro Técnico sobre controle e monitoramento da vespa-da-madeira chega à região do Litoral, no dia 29 de agosto (quinta-feira). A iniciativa é da AGEFLOR – Associação Gaúcha de Empresas Florestais, em conjunto com o SINDIMADEIRA-RS, EMBRAPA FLORESTAS e apoio da Prefeitura Municipal de Mostardas e Sindicato Rural de Mostardas.
O evento com entrada franca mediante inscrição é destinado a produtores florestais, técnicos e consultores de empresas, engenheiros agrônomos e florestais, biólogos e demais profissionais que atuam na área florestal, estudantes, professores, pesquisadores e autoridades locais. O objetivo da programação é trazer para o debate a situação atual da produção de pinus na região, sob os aspectos da legislação e licenciamento, do segmento da resinagem e dos potenciais riscos, formas de monitoramento e controle da vespa-da-madeira.
Para atualizar e treinar a execução dos métodos de monitoramento e controle da praga, o Encontro terá palestra técnica da Embrapa Florestas com a pesquisadora Susete Penteado sobre vespa-da-madeira, tendo também ao final da programação, acompanhada do pesquisador Ivan Jorge da Silva, uma demonstração prática do preparo do inóculo, instalação de árvores-armadilha, aplicação do nematoide e avaliação do parasitismo.
Para mais informações e inscrições contate a AGEFLOR pelo e-mail ageflor@terra.com.br ou WhatsApp 51 98182-1044.
PROGRAMAÇÃO
– 08:30: Abertura do Evento
– 09:00 – 11:00: Encontro Técnico sobre controle e Monitoramento da Vespa da Madeira e Boas práticas para sanidade florestal (Susete R. Chiarello Penteado – EMBRAPA FLORESTAS)
– 11:00 – 12:30: Plantios Florestais no Rio Grande do Sul e seus aspectos legais – Licenciamento Ambiental (AGEFLOR)
– 12:30 – 13:30: Intervalo para almoço
– 13:30 – 14:15: Manejo Florestal e Tendências para Resinagem (João Cláudio Trosdorf – CELULOSE IRANI)
– 14:15 – 15:00: Melhoramento Genético na atividade de resinagem (Vinicius Gontijo – GRUPO RB)
– 15:00 – 17:00: Prática de Campo – Preparo do inóculo, instalação de árvores-armadilha, aplicação do nematoide, avaliação de parasitismo, aplicação das amostragens sequencial e sistemática (Ivan Jorge da Silva – EMBRAPA FLORESTAS)
RESINAGEM DO PINUS
Nas regiões do litoral médio e sul do Rio Grande do Sul, a produção de Pinus elliotti é bastante utilizada para fins madeireiros mas também vem tendo um destacável crescimento no seu uso não madeireiro de resinagem, por apresentar o melhor balanço entre qualidade da resina, rendimento da extração e clima regional adequado.
A goma-resina ou resina natural de pinus é coletada em árvores vivas por meio da resinagem, num processo semelhante ao da extração da borracha nas seringueiras. No caso da resina das coníferas o que se busca são seus produtos, breu e terebintina, obtidos através dos processos de lavagem e destilação, matérias-primas importantes na indústria química.
O breu pode ser utilizado como matéria-prima na fabricação de tintas, vernizes, colas, adesivos, esmaltes, borrachas sintéticas e isolantes térmicos, entre outras aplicações. A terebintina apresenta diversas aplicações na indústria química e farmacêutica como constituinte de produtos de limpeza, desinfetantes, inseticidas, fixadores de perfume e desodorantes, entre outras.
VESPA-DA-MADEIRA
A vespa-da-madeira (Sirex noctilio) é um inseto originário da Europa, Ásia e norte da África e, no Brasil, ataca plantios de pinus nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. O prejuízo às árvores é causado principalmente durante a postura, quando as fêmeas, além dos ovos, introduzem na árvore uma mucossecreção e um fungo, que são tóxicos à planta, causando a sua morte.
O monitoramento é realizado pela instalação de árvores-armadilha e também pela utilização das amostragens sequencial e sistemática. O controle biológico é feito com o uso de um nematoide (Deladenus siricidicola) que é inoculado no tronco de árvores atacadas. O nematoide, principal inimigo natural da vespa-da-madeira, parasita as larvas da vespa e se instala no aparelho reprodutor. Assim, uma fêmea parasitada, ao emergir, faz posturas em outras árvores mas seus ovos estarão inférteis e contém centenas de nematoides. Deste modo, a própria vespa, durante a postura, auxilia na dispersão do nematoide para outras árvores.
DOSES DE NEMATOIDES
Os nematoides são criados no laboratório da Embrapa Florestas em Colombo (PR) e distribuídos em doses de 20 mL para empresas associadas e não associadas via Associação Gaúcha de Empresas Florestais e o Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais). Para mais informações, contate a Ageflor pelo e-mail ageflor@terra.com.br ou pelos telefones 51 3221-6116 e 51 3227-6480.