Deputados estaduais e representantes da Secretaria da Educação do Estado (Seduc) estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (23) em encontro virtual para debater o planejamento e protocolos para o retorno às aulas nas escolas estaduais. O secretário estadual de Educação, Faisal Karam, foi convidado a esclarecer os detalhes do programa de retomada, prevista para o dia 8 de março. A iniciativa foi do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (MDB).
Karam apresentou o plano elaborado pela Seduc, que inclui o retorno em sistema híbrido (presencial e remoto), o empréstimo de dispositivos para os professores, bem como o uso de plataformas educacionais para a disponibilização de conteúdo. De acordo com o secretário, todos os esforços da pasta são para garantir a segurança de alunos e professores, bem como a efetividade do ensino. “As orientações pedagógicas para a retomada do ano escolar preveem a interação entre os estudantes e suas famílias, observando a diversidade dos cenários possíveis, considerando os horários de estudos, a disponibilidade de acesso à internet e a quantidade de dispositivos compartilhados dentro de casa, bem como o trabalho remoto dos pais/responsáveis”, explicou Karam.
A vacinação dos professores e a inclusão no grupo prioritário de imunização contra a Covid-19 foi um dos temas levantados pelos parlamentares presentes. O presidente da Casa lembrou que os deputados votam nesta terça o PL 11 2021, do Poder Executivo, que altera a Lei Orçamentária para o exercício econômico-financeiro de 2021 e autoriza o governo do Estado a adquirir doses de vacina contra a Covid-19. “A Assembleia está muito interessada, e não poderia ser diferente, com a pauta da educação e o ano letivo de 2021. Convidei o secretário Karam para expor a todos os deputados o plano de retomada e ele nos mostrou um modelo hibrido, aprovado pelo Conselho Nacional de Educação, em que os alunos terão aulas presenciais e aulas remotas – muitas vezes com atividades síncronas, com o professor participando junto de maneira virtual, e assíncronas, que são as atividades em que o professor não participa simultaneamente com o aluno, mas passa as tarefas para que o estudante possa fazer em casa”, explica Gabriel.
O presidente do Parlamento destacou ainda os obstáculos para assegurar o ensino dos estudantes e a importância do debate em todas as esferas para preservar o futuro das crianças e adolescentes. “É um desafio imenso levar adiante um ano letivo em 2021, mas nós entendemos como fundamental que não paremos a educação novamente, o que só aumentaria o problema da desigualdade social, da dificuldade de inserção no mercado de trabalho, bem como a formação educacional e pedagógica dos gaúchos e gaúchas que são a nova geração do Estado e que precisam estar qualificados para enfrentar o mundo do século XXI”, complementou Gabriel.