Pouco mais de um ano depois de lançar seu nome como postulante ao governo do RS, em ato em junho do ano passado, o senador Luis Carlos Heinze foi confirmado como candidato do PP na corrida pelo Piratini em convenção no Teatro Dante Barone. Pouco antes das 10h deste sábado, Heinze chegou ao local acompanhando da esposa Sandra, da vereadora da Capital Comandante Nádia, endossada no evento partidário como candidata ao Senado, e da também vereadora Tanise Sabino (PTB), pré-candidata a vice, que será chancelada em convenção da sua sigla no domingo. No trajeto da esplanada até o palco, Heinze, Nádia e Tanise foram acompanhados pós uma bandinha típica alemã, com o candidato usando um chapéu típico, dando ideia do tom festivo do evento. Muito se deve a chapa ter sido a primeira a ser fechada, não havendo entraves envolvendo busca de apoios.
Heinze agradeceu aos apoiadores, familiares e candidatos que inscreveram seus nomes na disputa aos cargos da eleição proporcional. “Terei muita honra se tiver condições de ser um governador melhor que Jair Soares, o último governador progressista que tivemos no Estado”, disse. O candidato destacou que a agricultura terá atenção especial, em seu eventual governo, como carro-chefe da economia do Estado. Emocionado, Heinze ressaltou que estudou em escolas públicas e que quer fazer com que “voltem ter ensino de qualidade”, afirmando que seu primeiro compromisso será com a educação, caso eleito. O senador voltou a elencar ações na área da infraestrutura por parte do governo federal com apoio de seu gabinete, como o projeto do Porto Meridional, em Arroio do Sal, no Litoral Norte.
“Fui a primeira mulher a comandar um batalhão de polícia militar no nosso Estado, mostrando a força da mulher gaúcha. Trabalhamos com meritocracia, estamos em posição de destaque porque temos conhecimento, capacitação e trajetória. Sou de direita, respeito a família, mas também a liberdade e a diversidade”, disse a Comandante Nádia, em seu discurso. Ela chamou o pleito de outubro de “uma eleição do bem contra o mal”. “Quero estar no Senado representando o povo de bem, o povo trabalhador”, disse. Ela defendeu, caso eleita, trabalhar por leis mais duras para condenados pela Justiça e por propostas como o fim de visitas íntimas em presídios.
No palco, além dos integrantes da chapa majoritária, deputados federais, estaduais e do presidente da sigla no Estado, Celso Bernardi, estavam outras lideranças do partido e também do PTB. Por meio de vídeos reproduzidos em um telão, representantes de núcleos da legenda e de executivos municipais sob o comando progressista, defenderam as candidaturas de Heinze e Nádia, destacando bandeiras do campo mais à direita, como a defesa da propriedade privada, o apoio a Jair Bolsonaro, candidato a reeleição à presidência da República, e a vertente municipalista do cabeça de chapa. A
As nominatas para as eleições proporcionais foram homologadas com 84 candidatos, sendo 31 federais e 53 estaduais. Tentarão reeleição ao Congresso nomes como Covatti Filho, Afonso Hamm, Pedro Westphalen. Sérgio Turra e Vilmar Lourenço, atualmente na Assembleia, tentarão cadeira em Brasília. Como deputados estaduais, buscam renovar suas cadeiras Silvana Covatti, Frederico Antunes, Ernani Polo, Issur Koch e Adolfo Brito, além do atual suplente Marcus Vinicius.
Confirmação de apoio
De forma presencial, Edir Pedro de Oliveira, presidente do PTB no Estado, reafirmou apoio a Heinze e a Nádia, que, a seu ver, “lutará contra a ditadura judiciária” como senadora, caso eleita. O presidente regional do PRTB, Carlos Alan Rosa de Castro, acompanhado da pré-candidata a deputada federal Carmen Flores, prestigiou o evento na plateia. Os dois tiveram o nome citado pelo mestre de cerimônias. Conforme Castro, o apoio a Heinze é tratado como “tendência”.
Correio do Povo