A Secretaria da Segurança Pública (SSP) registrou o maior volume de apreensão de sucatas automotivas da história da Operação Desmanche. A 121ª operação apreendeu mil toneladas em uma empresa de desmontagem irregular de caminhões no município de Estrela. A ação, que ocorreu nesta terça-feira (8/7), resultou em duas prisões por receptação, além de notificações administrativas pelo Corpo de Bombeiros Militar e por crime ambiental. Entre a sucata, foi encontrado um motor com numeração suprimida.
A Força-Tarefa dos Desmanches é um trabalho coordenado pela SSP em conjunto com Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias, DetranRS e Corpo de Bombeiros Militar – além da empresa Gerdau, parceira no recolhimento da sucata. De acordo com o coordenador da Operação Desmanche, major Jeferson Eroni, a integração entre os órgãos de segurança e a participação ativa da população são essenciais no combate aos estabelecimentos irregulares.
“Esta foi uma grande operação devido à significativa quantidade de caminhões na empresa. Focamos na fiscalização administrativa e verificamos situação de furto e roubo. Para isso contamos com a integração de esforços de todas das vinculadas”, destaca Eroni.
Sobre a lei
Neste mês de agosto, a Lei dos Desmanches – que regula a comercialização de partes, peças e acessórios automotivos de veículos – completou oito anos. O número de furtos e roubos de veículos no Estado, que foi de 38.554 em 2015, ano em que a lei entrou em vigor, caiu gradualmente e atingiu a marca de 13.497 em 2022 – uma redução de 65%. A maior queda foi nos roubos (75% de 2015 para 2022), crime mais grave que envolve também violência contra a vítima. Entre os furtos (quando o veículo é levado na ausência do proprietário), a redução foi de 55%. Além disso, o número de empresas credenciadas passou de 296 em 2015 para 429 em 2022.
Responsável pelo credenciamento das empresas de reciclagem e comércio de peças usadas, o DetranRS vinculou às exigências também uma preocupação ambiental e de segurança no trânsito. Os veículos desmontados devem passar por descontaminação para não poluir o solo, e todas as peças vendidas são submetidas a uma avaliação de segurança.
Texto: Anelize Sampaio/Ascom SSP
Edição: Felipe Borges/Secom