Na tarde desta quinta-feira (22), a Polícia Civil localizou, em Balneário Arroio Teixeira, em Capão da Canoa, o cativeiro em que uma mulher (36 anos) era mantida há dois dias em cárcere privado. Na ação, a vítima foi libertada sem o pagamento de resgate e encontra-se bem de saúde. Seis pessoas foram presas.
A vítima foi arrebatada nesta terça-feira (20), por volta das 07h30min, no Centro de Referência de Assistência Social da Zona Norte de Caxias do Sul, local em que trabalha como assistente social. Os sequestradores, a partir de então, passaram a exigir o pagamento em dinheiro ao marido da vítima, um empresário de Flores da Cunha, para libertá-la.
Na ação, coordenada pela Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas de Caxias do Sul (Draco), com apoio da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos (1ª DR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um casal foi preso na Rota do Sol, duas pessoas na estrada próximo a Bom Princípio e as outras no local do cativeiro. De acordo com as investigações, amigos do marido da vítima planejaram o crime.
Em coletiva de imprensa sobre o caso, o titular da 1ª DR, delegado João Paulo de Abreu, disse que no cativeiro em que vítima foi encontrada também estava a arma de fogo utilizada no arrebatamento. A casa, inclusive, havia sido alugada pela internet por um dos criminosos há cerca de 7 dias. Frisou também que em 4 oportunidades, um dos mentores do sequestro e amigo do marido da vítima esteve na delegacia junto com ele para prestar apoio. “Oferecia carona e levava comida para o amigo, tudo na tentativa de se aproximar e descobrir o que a Polícia já sabia”, conta.
Já o titular da Draco de Caxias do Sul, delegado Luciano Righês Pereira, afirmou que esse foi um dos casos mais complexos do órgão até o momento. “Tão logo fomos acionados, começaram as diligências. Lançamos mão de inúmeras técnicas avançadas de investigação”, revelou, sem entrar em detalhes.
Para o Subchefe de Polícia, delegado Fábio Motta Lopes, o fato de a vítima sair ilesa fisicamente é uma vitória para a Polícia e para a família. “Esse retorno que a gente viu hoje da vítima sendo libertada e a família não tendo pago nada, é muito gratificante para nós policiais que trabalhamos na investigação criminal”, disse.