O Rio Grande do Sul entrou em situação de alerta por conta da confirmação da circulação do vírus causador da febre amarela, em áreas silvestres. A Secretaria de Saúde do Estado assinou em abril, a portaria nº341/2021, que declara Emergência em Saúde Pública de Importância Estadual (ESPIE). Desta forma, será intensificada a vacinação contra a febre amarela nos municípios que fazem parte da área afetada diretamente e indiretamente, e também daqueles com cobertura vacinal abaixo dos 50%.
Conforme a enfermeira que responde interinamente pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Camila Alves, Imbé está abaixo da cobertura prevista e por conta disso intensificará a vacinação. “Não estamos na lista dos municípios afetados, mas temos uma baixa cobertura vacinal da população, por isso estamos chamando a população para se imunizarem contra a febre amarela”, explicou Camila.
A imunização pode ser feita nas salas de vacina do Centro, ao lado do antigo posto 24 horas (rua Araranguá, 512), e nos ESF Mariluz e Nova Nordeste, de segunda a sexta-feira, somente pela manhã, das 08h às 11h30. As doses são recomendadas para as pessoas acima de nove meses e até 59 anos de idade. Os demais grupos possuem as seguintes observações:
– Para pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação, um médico deverá avaliar a relação de risco/benefício da vacinação, considerando o risco da doença e o risco de eventos adversos pós-vacinação nessa faixa etária e/ou decorrentes de comorbidades.
– Para gestantes e mulheres que estejam amamentando crianças menores de 06 meses, um médico deverá avaliar a relação de risco/benefício da vacinação. Em mulheres que estejam amamentando e tenham a vacinação indicada, o aleitamento materno deve ser suspenso por, no mínimo, 10 dias.
– Pessoas portadoras de comorbidades deverão ser avaliadas pelo seu médico assistente.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, que é transmitida através de mosquitos infectados, não há transmissão de pessoa para pessoa. Os casos que ocorrem no Brasil são silvestres, quando é transmitido por mosquitos em áreas de mata e urbano quando é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A morte de primatas, como a espécie Bugio, pode ser um sinal de proliferação da doença.
Matheus Vargas
FOTO: Ivan de Andrade