Universidades federais gaúchas se manifestam contra os cortes de verbas do Mec

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Nessa semana, as universidades federais gaúchas já estão sentindo o corte de verbas vindas do Ministério da Educação (MEC) para 2019. Praticamente todas as instituições do estado emitiram notas relatando as dificuldades que serão enfrentadas a partir da diminuição da verba. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tem emissão de nota agendada para a tarde de hoje (7), mas a assessoria de comunicação adiantou que “o corte no orçamento afeta todas as atividades da universidade, sejam elas de ensino, pesquisa ou extensão”. Anteriormente, o valor destinado a UFRGS era de R$175.624.731. Com o bloqueio de 31,7% do montante, a universidade perde R$55.830.754, o que, de acordo com a assessoria, torna “impossível arcar com todas as despesas básicas da universidade”.

Em nota, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) afirmou que já foi constatado o “bloqueio de recursos correspondente a 30% do orçamento de custeio e 65% do orçamento de capital da universidade”. De acordo com a nota, o orçamento de custeio é relacionado aos serviços necessários para o funcionamento da universidade – como luz, água e telefone – e o orçamento de capital se refere a equipamentos de laboratórios e livros. A UFCSPA também relatou que ainda nesta semana haverá uma atividade para a comunidade universitária para detalhamento sobre como os cortes afetarão a instituição.

Como já havíamos informado, se forem mantidos os cortes, o funcionamento da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) será inviabilizado a partir de setembro, pois a partir desta data “não haverá dinheiro para o custeio de energia elétrica, água, telefone, serviços de manutenção, limpeza, portaria, vigilância, nem recursos para bolsas de iniciação científica, ensino ou extensão, tampouco para transporte de apoio entre os campi ou para o subsídio ao preço das refeições no restaurante universitário”. Da mesma região, a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) também frisou que o bloqueio representa 36% na redução do valor do custeio previsto para 2019: “dos R$ 40 milhões de reais para o funcionamento da universidade, R$ 14,5 milhões estão bloqueados”. Ainda segundo a FURG, “não há como fazer ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento tecnológico sem as condições mínimas necessárias nos laboratórios e salas de aula”.

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) destacou que a instituição atua “em uma região historicamente desassistida pelo poder público” e que o bloqueio, que já atingiu as despesas da UFFS, aponta para um “cenário díficil”. A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) também frisou que a suspensão das verbas irá inviabilizar o funcionamento de vários serviços da universidade se, posteriormente, foram “traduzidos em cortes”.

Fonte Jornal o Sul

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