Uma reunião de caráter de urgência realizada na Prefeitura de Imbé, na terça-feira (07), envolveu lideranças políticas, pescadores, professores, vereadores, secretários e técnicos no assunto contra a tentativa de revogação da Lei da Pesca de Arrasto, que limitou a atividade pesqueira em redes atiradas no mar gaúcho. A legislação, aprovada pela Assembleia Legislativa gaúcha em 2018, ampliou de três para doze milhas de faixa oceânica onde a pesca é proibida e é defendida pelo prefeito Pierre Emerim. Ele recebeu as entidades no seu gabinete e criticou a tentativa do presidente da República, Jair Bolsonaro, de revogar a lei para beneficiar a indústria pesqueira de Santa Catarina e prejudicar a pesca artesanal gaúcha que gera emprego e renda para milhares de famílias dos litorais Sul e Norte do Estado.
“Entramos nessa luta em defesa da lei e a população do litoral e de todo o Estado irá abraçar essa causa. Não é agora que nossos pescadores estão recebendo mais renda e margem de lucro que irão nos prejudicar em benefício da indústria catarinense. Me preocupa que o presidente da República já tem posição e não quis ouvir os pescadores gaúchos. O presidente não é o dono da verdade. Existe justiça para definir se nossa lei é legal ou não. Não vamos abrir mão de defender os nossos pescadores e o ecossistema. A lei é correta e veio para ficar. A união é que vai nortear o sucesso da nossa empreitada, independentemente de partido A ou B. A nossa causa é contra o arrasto, essa pesca predatória, e é isso que iremos defender”, afirmou Pierre.
Mais de 50 pessoas estiveram presentes na reunião que marcou o início das mobilizações contra a tentativa de revogação da Lei da Pesca do Arrasto. Um grande ato ficou marcado para o dia 17 de agosto, às 10h, na Barra do Rio Tramandaí, em Imbé.