Perícia identifica vítima e confirma participação de veículo usado em acidente de trânsito no litoral

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A identificação de um corpo, encontrado na beira de uma estrada, no litoral norte, mostrou a importância do IGP para a busca pela verdade dos fatos, e consequentemente, pela justiça. O trabalho começou no dia 10 de janeiro, no local onde a vítima foi localizada, nas margens da RS 389, em Xangri-lá. A ocorrência inicial informava se tratar de um cadáver encontrado, mas, ao observar os danos na bicicleta que estava ao lado do corpo, a perita criminal Carla Cristina Corrêa entendeu que se tratava de um acidente de trânsito.

O corpo foi removido para o Posto Médico-Legal de Osório, onde o perito médico-legista fez a necropsia, que apontou a causa da morte. Até então, não havia informações sobre quem era a vítima. Por isso, no PML também foram coletadas as impressões digitais do homem. No mesmo dia, o material foi levado pela equipe ao Posto de Identificação do IGP em Osório, onde um papiloscopista – profissional especializado na análise de impressões digitais – comparou o material coletado com o banco de dados de impressões digitais do estado, conseguindo, então, fazer a identificação.

Novas perícias – mas faltava entender o que, ou quem, causou a morte. Uma pista importante foi recolhida em meio ao matagal onde o corpo foi encontrado: uma placa de carro amassada, que foi recolhida. A Polícia Civil localizou o endereço do proprietário, recolheu o veículo, que estava sem a placa dianteira, e o encaminhou ao Pátio Legal – local onde, em parceria com o Detran/RS, o IGP realiza as perícias em veículos recuperados de roubos e furtos.  Veículo e bicicleta passaram então por perícia. Juntamente com a equipe dos servidores do IGP na Operação RS Verão Total, a perita procurou identificar marcas e outros sinais que pudessem comprovar a participação do carro no acidente. “A placa coletada no local se encaixa no veículo e as avarias no carro fecham com as da bicicleta”, afirma Carla.

Também foram recolhidas amostras de tinta e material genético no veículo e na bicicleta, que vão ser comparadas com o objetivo de revelar se o material da vítima estava no Mégane. Da mesma forma, outra análise poderá apontar se a tinta da bicicleta é a mesma coletada no veículo, e vice versa. Essas perícias serão feitas no Departamento de Perícias Laboratoriais. Assim, o trabalho da instituição vai permitir a identificar a autoria do crime e a dinâmica do acidente, que deve constar no Laudo que vai ser entregue nos próximos dias. “Foi um trabalho que envolveu todos os departamentos do IGP, e com resultados rapidíssimos”, completa Carla.

 

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