O PDT do RS homologou neste sábado, em convenção realizada durante parte da manhã e o início da tarde na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a candidatura do ex-deputado Vieira da Cunha ao governo do Estado. O nome foi aprovado sem nenhum voto contrário.
Os convencionais também aprovaram as nominatas dos candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. São 32 nomes para deputado federal e 56 para estadual. E delegaram para a executiva os trâmites necessários para inclusão, exclusão ou substituição de nomes nas chapas, caso necessário.
Conforme Vieira, o partido entende que não estão esgotadas as negociações com o PSB, o MDB e o PSD. O PSB deve anunciar na segunda-feira a retirada da candidatura do ex-deputado Beto Albuquerque ao governo. O partido segue informando que terá candidato, mesmo que não seja Beto, mas Vieira solicitou uma reunião com o socialista para este domingo, de forma a tentar encaminhar uma negociação na qual o PSB indique um nome para vice em sua chapa.
Caso as articulações não tenham êxito, e seja necessária chapa pura, o comando pedetista já tem algumas diretrizes. Estabeleceu que a vaga de vice ficará com uma mulher. E, para o Senado, tem ventilados três nomes: o ex-prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, o ex-deputado Carlos Cardinal e o advogado Antônio Carlos Côrtes.
Vieira, que discursou logo após a homologação de seu nome, fez duras críticas ao atual governo, do PSDB, e, mais diretamente, ao ex-governador Eduardo Leite, que deixou o cargo em março e agora disputará mais uma vez o comando do Executivo.
Destacando uma das bandeiras históricas do PDT, a educação, ele se referiu a atual administração como “desgoverno Leite/Ranolfo, que tem diminuído ano a ano os recursos para a educação.” Na sequência, afirmou que conforme os cálculos dos técnicos da legenda, “se o governo atual cumprisse a Constituição, eram R$ 4 bilhões a mais no ano para a educação.”
Ele se referiu ainda a administração tucana como “governo testa de ferro do poder econômico”, e instou os presentes a não perderem a oportunidade de “varrer essa gente do poder aqui no RS.” Ainda em referência expressa a Leite, afirmou que “o mentiroso disse que não ia vender a Corsan. A próxima é a Corsan. E se essa gente ficar mais quatro anos, vai vender o Banrisul sim.”
Correio do Povo