OPERAÇÃO ‘MAR DE ROSAS’ DESARTICULA SUPOSTO ESQUEMA DE FRAUDE EM LICITAÇÕES EM TORRES

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Foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (30) a Operação “Mar de Rosas” para desarticular um suposto esquema de fraudes em licitações em municípios do Litoral Norte, especialmente em Torres. Os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventivas e duas medidas cautelares de afastamento das funções públicas e proibição de acesso e frequência a prédios públicos nas cidades de Canoas e Torres. Os alvos das ordens de prisão, segundo a polícia, foram três empresários e uma servidora pública.

A investigação vem sendo realizada há cerca de nove meses pela Delegacia de Combate a Corrupção (DCCOR) do Departamento de Investigações Criminais (DEIC). Em maio deste ano a operação já havia cumprido mandados de busca e apreensão em Torres e Canoas. Conforme indicou o delegado Max Otto Ritter, há indícios de que a servidora municipal e os empresários, que atuavam no ramo do saneamento, agiam juntos para burlar certames licitatórios. Eles esvaziavam concorrências ou criavam uma falsa competição entre empresas, direcionando contratos para empresas pertentecentes a conhecidos da servidora.

Ao menos dois contratos firmados pela prefeitura de Torres estão sendo investigados, por supostamente terem sido fraudados desta forma. Em um dos processos seletivos, um empresário ofereceu ao concorrente a possibilidade de negociar a licitação, para que não precisassem disputar espaço. Em outro, venceu uma companhia criada há um mês, e que não teria a qualificação necessária.

 

Contraponto da Prefeitura

 

Na manhã desta mesma terça-feira (30 de agosto), a Prefeitura de Torres emitiu uma nota em seu site oficial, com esclarecimentos sobre as ações da polícia Civil. Confira a nota na íntegra a seguir

 

“Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), deu continuidade na Operação Underground do dia 24 de maio.

Na Operação de hoje, Mar de Rosas, não foram feitas busca apreensões na sede da Prefeitura Municipal de Torres. Foram cumpridas 16 ordens judiciais em Canoas e Torres, dentre mandados de busca e apreensão, medidas cautelares, afastamento de funções públicas e proibição de acesso e frequência a prédios públicos dos Secretários de Turismo e Educação e da prisão preventiva da subprocuradora de Torres.

A Prefeitura de Torres, sem surpresas, mostrando transparência e idoneidade, colabora desde o início da investigação, se coloca à disposição do (Deic) e confia na justiça.

Assim que feita a denúncia por parte de uma das empresas participantes da licitação, a Prefeitura em junho de 2021, suspendeu a mesma, encaminhou a Ata para a Delegacia de Polícia e por determinação do Prefeito, foi instaurado um Processo Administrativo Especial (Pae), para que a prefeitura também apure os fatos.

A operação deflagrada pela Polícia Civil investiga supostas fraudes por parte de empresários em licitações do ramo de hidrojateamento e água servida, conforme anunciado pelo Deic”.

Folha de Torres

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