A partir de agora, a Polícia Civil gaúcha passa a acompanhar ainda mais de perto a qualidade do atendimento prestado aos cidadãos pelos seus policiais. Por meio de uma portaria publicada no dia 15 deste mês, a Chefia de Polícia criou o Comitê Permanente de Acompanhamento da Política de Atendimento ao Cidadão. A iniciativa vai ao encontro de uma resolução publicada em 2021 pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) que institui normas para implementação da Política de Atendimento ao Cidadão pelas Polícias Civis do Brasil.
Conforme a Chefe da Polícia Civil gaúcha – que também é a Presidente do CONCPC –, Delegada Nadine Anflor, o comitê no Rio Grande do Sul terá como objetivo estabelecer ferramentas que viabilizem o acompanhamento de indicadores relacionados ao atendimento dos policiais aos cidadãos e propor a criação de uma pesquisa de satisfação do usuário. “Queremos mapear os pontos a serem melhorados e acompanhar a sua evolução, além de propor medidas para o aprimoramento de um protocolo de atendimento”, explica. Ainda segundo ela, o comitê será responsável por estabelecer metas e objetivos de atendimento que deverão ser observados pelos Delegados em seus órgãos policiais.
Embora a criação de um comitê com esse propósito seja novidade na Polícia Civil gaúcha, não é de hoje que a Instituição tem voltado um olhar mais atencioso à questão. Prova disso foi a implementação, ainda em 2019, da Sala das Margaridas, considerada hoje uma das políticas mais importantes no combate à violência doméstica. “Uma das premissas da Sala das Margaridas estabelece a qualificação dos servidores que atuam nessas unidades. Qualificação e treinamento constante para que o serviço de atendimento prestado às mulheres vítimas desse crime seja capaz de cumprir com o seu propósito, o de quebrar com o ciclo de violência”, garante.
De outra forma, a estrutura das Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) espalhadas pelo estado também tem recebido constantes melhorias, o que, direta e indiretamente, acaba por influenciar a forma como o atendimento é prestado ao cidadão. “Não basta só qualificar o servidor policial, também se faz necessário investir na estrutura pública, de forma a criar um ambiente que oportunize melhores condições de trabalho aos agentes e Delegados que lidam diariamente com o público”, declara.
Qualificação continuada
Mas a busca por bons resultados não vem apenas com cobranças. O grupo recém estabelecido também deverá propor a realização de cursos que capacitem os servidores policiais que atuam no atendimento direto ao público. “Sabemos que o desafio desse tipo de trabalho é uma constante para os servidores, por isso, contaremos com o apoio da Academia de Polícia para manter os policiais constantemente atualizados e preparados para o atendimento ao cidadão”, garante Nadine.