Mopert apresenta resultados do ano passado

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O Monitoramento Pesqueiro do Estuário do Rio Tramandaí (Mopert) divulgou, nesta semana, os dados da produção pesqueira referentes a 2021. As informações foram prestadas pelos pescadores e pescadoras cadastrados no projeto, através do automonitoramento.

 

Os resultados apresentados pelo estudo são preliminares e os valores podem ser alterados à medida que forem analisados. Conforme os dados, no período houve a captura de 302.063,04 quilos de pescado, com bagres sendo 43% do total, seguido do siri com 18%, tainha com 17% e o camarão-rosa com 5%. O valor comercializado foi estimado em R$ 2.350.125,98 de pescado in natura, sendo considerada a venda direta ao consumidor.

 

Vale lembrar que a pesca e comercialização do bagre-branco e do bagre-boca-larga é proibida nos âmbitos estadual e federal, conforme o Decreto Estadual n° 51.797, de 8 de setembro de 2014, considerando exceções. Porém, a 9ª Vara Federal de Porto Alegre, possibilitou que um grupo de pescadores artesanais (que cumprem critérios estabelecidos e que estejam cadastrados no Mopert) de Imbé e Tramandaí capture e comercialize os bagres para fins de monitoramento pesqueiro.

 

Um dos objetivos do Mopert é avaliar as capturas e a dinâmica dos pescadores artesanais de Imbé e Tramandaí. “São informações valiosas para o entendimento da pesca no Litoral Norte e sua importância econômica para a região”, destaca o técnico oceanólogo do Monitoramento, Maurício Lang dos Santos.

O Mopert é executado pela Prefeitura de Imbé; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Governo Federal, com coordenação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Pesca, Proteção Animal e Agricultura, de Imbé. A Coordenação Técnico-Científica é de responsabilidade do Ceclimar/CLN/UFRGS. Compõe o Grupo de Trabalho do Projeto: Ceclimar/CLN/UFRGS, EMATER-RS; Prefeitura de Imbé; Prefeitura de Tramandaí; IBAMA; Brigada Militar, através da Patram; Colônia de Pescadores de Imbé Z-39; Colônia de Pescadores de Tramandaí Z-40; Sindicato dos Pescadores de Tramandaí e Agência da Capitania dos Portos de Tramandaí.


TEXTO: Thaynara da Rosa

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