Um suposto esquema de pirâmide financeira está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Uma das empresas, alvo das apurações, prometia lucros de até 15% a investidores interessados em aplicar dinheiro na compra de moedas virtuais.
Em entrevista ao Gaúcha+, na tarde desta segunda-feira (18), o procurador da República Celso Tres classificou a prática como “um caso clássico de pirâmide financeira”, onde os primeiros investidores acabam recebendo dinheiro, mas o atraso no pagamento dos ganhos acaba desmontando o esquema.
A empresa ainda promete 5% para cada novo investidor que é apresentado ao negócio. Os primeiros acabam recebendo, para atrair mais pessoas, mas quando o passivo se avoluma os demais ficam no prejuízo total — explicou.
As duas empresas citadas pelo procurador são a InDeal Consultoria em Mercado Financeiro e a Unick Forex. Segundo Tres, contratos entre as empresas e os investidores eram firmados em cartório, para garantir autenticidade ao negócio.
— É um contrato bem escrito que não apresenta garantia alguma. É usada a oficialidade do tabelião para suscitar a veracidade do ofício, afinal é um selo público que confere autenticidade.
A Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) estão fazendo o levantamento e o rastreamento de valores movimentados pelas empresas.
Contraponto
A reportagem de GaúchaZH entrou em contato duas vezes com cada empresa por telefone. No entanto, até a publicação da matéria, a InDeal e a Unick Forex não responderam os questionamentos
GAÚCHA ZH