O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou neste sábado, em Porto Alegre, que retorna a Brasília com um pedido de urgência para a falta de manutenção da FreeWay (BR 290, entre Porto Alegre e Osório). Duas novas reuniões foram agendadas para a semana a fim de definir se a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) vai ou não assumir a administração da rodovia. O ministro, acompanhado do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Rio Grande do Sul, Allan Magalhães, vistoriou a FreeWay no trecho de Porto Alegre a Santo Antônio da Patrulha, na manhã de hoje.
Marun reconheceu que, com apenas 24 dias sem operação da Triunfo Concepa, a estrada já começou a sentir falta de manutenção. “O estado está superior a média das rodovias brasileiras mas ela já começa a sentir os efeitos da falta de manutenção. Nós temos principalmente no trecho de Porto Alegre a Gravataí um bom número de pontos onde a capa final está deteriorada. Temos alguns outros pontos, ainda não muitos, onde efetivamente existem buracos. Não são muitos esses pontos. Eu volto levando ao ministro dos Transportes a minha visão de urgência de uma solução e levando essa constatação de que a falta de manutenção já começa a prejudicar a estrada”, afirmou.
O planejamento do governo federal é que nas reuniões de terça e quarta feira possa se ter uma definição sobre a administração do trecho. Questionado sobre o risco de não concretização de acordo com a EGR o ministro afirmou que o governo federal não trabalha com plano B.
“Nós só temos plano A. Não temos, por enquanto, plano B. O plano B seria retirar dinheiro, que não temos, de outras ações que já possuem pouco recurso e, a partir disso, o Dnit realizar a manutenção. Certamente sem oferecermos ao usuário o mesmo conforto e qualidade de serviço que ele tinha. Então, a outra solução, plano B, não é uma coisa que perseguimos. Nós perseguimos o plano A, que é uma delegação ao governo do estado e assunção dos serviços pela EGR”, declarou.
O superintendente do DNIT no RS, Alan Magalhães afirmou que o órgão já iniciou processo de licitação para definir uma empresa que faça reparos na rodovia, em uma concessão-tampão. O processo deve ser concluído em até 30 dias. A medida, segundo Magalhães, ocorre por precaução enquanto o governo espera que a situação com a EGR se defina.
“Estamos tomando as providências como uma forma de precaução, para evitar que tenhamos uma situação de falta de cobertura em todo esse trecho rodoviário”, explicou. A empresa deve realizar exclusivamente o serviço de manutenção, e não os de atendimento mecânico, limpeza ou socorro médico. “O recurso, neste momento, precisa ser realocado de outras rodovias do Estado, dentro da mesma dotação orçamentária que existe para manutenção. O contrato está estimado em R$ 120 milhões para um período de dois anos, mas ele funciona através de medição de serviços, não fazemos pagamentos fixos, não existe um aporte permanente durante esse período. De acordo com as necessidades, a gente realiza as medições”, disse.
A rodovia, ainda segundo o superintendente, começou a apresentar sinais de degradação “em um período muito curto”.
Correio do Povo