O grande esforço da Prefeitura de Imbé visando a liberação do Monitoramento da Pesca do Bagre na região do estuário do Rio Tramandaí deverá ser afetado devido ao não repasse de recursos pelo Governo Federal. A Prefeitura realizou um convênio com a União para repasse de R$ 1,3 milhão a serem utilizados ao longo dos três anos e meio de duração do projeto, entre o CECLIMAR-UFRGS e a Prefeitura. No entanto, o Governo Federal ainda não cumpriu o seu compromisso com o repasse dos recursos, e a Prefeitura de Imbé, que já investiu mais de R$ 150 mil, corre risco de não ser ressarcida. Em reunião com os professores da UFRGS/CECLIMAR Fábio Lameiro e Ignácio Moreno, coordenador do projeto, o prefeito Pierre Emerim convocou uma reunião entre pescadores e os órgãos envolvidos para a próxima segunda-feira (7), às 14h, no CECLIMAR.
“O Governo Federal até este momento não está cumprindo a sua parte com o convênio e o pescador precisa saber o que está acontecendo nos bastidores do projeto e das dificuldades enfrentadas. A União até agora não efetuou repasse algum e nem sinaliza qualquer interesse em realizá-lo nos próximos dias, mesmo com insistência e comprometimento do vice-prefeito Ique, que já esteve em Brasília por duas situações para tratar e resolver definitivamente esta demanda. O projeto é uma antiga reivindicação dos pescadores da região,desde que a justiça proibiu a pesca do bagre por considerar a espécie ameaçada de extinção. Realizamos um trabalho de resgate da pesca e do conhecimento empírico dos pescadores, porque nossa comunidade e administração está convencida que a espécie ocorre em abundância em nosso estuário, não se encontra em extinção e que esse programa deveria ser voltado ao pescador legítimo, que efetivamente tira dessa prática o sustento para sua família”, criticou Pierre.
Ronaldo Berwanger