A Polícia Civil indiciou uma ex-funcionária da rede de farmácias São João que atuava na cidade de Imbé, no Litoral Norte. Ela havia confirmado, em depoimento no mês de outubro do ano passado, que fez uma a gravação de áudio – divulgado na internet – orientando que fossem contratadas apenas “pessoas bonitas”. A mulher responde pelo crime de homofobia equiparado ao crime de racismo.
No áudio divulgado no segundo semestre de 2021, a ex-funcionária dava orientações para que fossem evitadas pessoas gordas ou tatuadas, além de pessoas de orientação sexual abertamente LGBTQIA+. O delegado Antônio Carlos Ractz Jr., titular da delegacia de Imbé, realizou a investigação até a semana passada e enviou o inquérito nesta segunda-feira (24) ao Judiciário. No entanto, ainda é aguardada a perícia em smartphone usado no envio das mensagens consideradas homofóbicas.
Uma sindicância foi realizada pela empresa. Na época, após concluir que foi um fato isolado e que não houve contratação de novos funcionários nas condições propostas, a funcionária foi demitida. O nome da indiciada não foi divulgado e a pena, em caso de condenação, pode ser de dois a cinco anos de prisão.
O advogado da rede de farmácias, Ricardo Breier, disse que após a realização da sindicância, em outubro de 2021, a empregada foi demitida e o aparelho celular funcional – utilizado no envio da mensagem – foi encaminhado à delegacia local.
Um diretor-jurídico da rede de farmácias também prestou depoimento na polícia e confirmou todas as informações obtidas pela apuração interna. Na época, Breier ressaltou que, mesmo sendo um episódio isolado, causou prejuízos. Ele ainda disse que o áudio repassado foi em um grupo de WhatsApp de apenas sete pessoas e que todas elas também foram ouvidas pela investigação.
Zero Hora