Uma falha estrutural, aliada à deterioração do madeiramento, causou o desabamento de um deque na região da Ilha das Flores, em Porto Alegre, no dia 18 de julho. A conclusão é da perícia realizada no local pelo Departamento de Criminalística do IGP. Peritos criminais visitaram o local mais de uma vez, buscando vestígios e realizando análises para compreender a dinâmica do acidente.
O Laudo pericial afirma que duas vigas longitudinais de madeira, que formavam parte da estrutura do deque se romperam, levando a sucessivos rompimentos das vigas transversais, que se apoiavam a elas. Como consequência, uma área de aproximadamente 4,80 x 8,80 metros desabou sobre a água, que tinha profundidade de até 1,5 metro naquela região. Segundo informado aos peritos, cerca de cinquenta pessoas estavam na parte colapsada do assoalho. Uma delas morreu em decorrência da queda na água e outras quinze tiveram lesões.
Para a perícia, a estrutura que dava suporte ao assoalho não apresentou resistência suficiente para suportar a carga oriunda da presença de público e da tenda que havia sido instalada sobre o assoalho. O madeiramento estava degradado pelo ataque de agentes biológicos e intempéries.
O Laudo afirma ainda que havia o risco de um dano ainda maior, pois outras áreas que não desabaram também estavam deterioradas. E considera que, para a realização de eventos como o do momento da tragédia, seria necessária uma análise prévia de empresa ou profissional de engenharia, para avaliar a real capacidade de carga do pavimento. e se este comportaria as cargas, seguindo os valores mínimos previstos pelas normas técnicas vigentes. Os resultados foram entregues à Polícia Civil.