O sistema prisional do Rio Grande do Sul atingiu nessa quinta-feira, 4, uma marca histórica. No meio da tarde, o software que monitora as novas tornozeleiras eletrônicas, cujo processo de implantação foi iniciado há um ano, chegou a cinco mil presos monitorados. “Essa é uma vitória da perseverança e do planejamento bem estruturado e, especialmente, do engajamento e da dedicação de nossos servidores”, comemorou o secretário da Administração Penitenciária, Cesar Faccioli. Além de expressiva, a marca cumpre uma das metas estabelecidas pelo atual governo. O contrato das novas tornozeleiras, com tecnologia suíça, prevê um total de 10 mil equipamentos instalados, ao custo de R$ 40 milhões.
Meticulosamente administrado pelo agente Éberson Trindade, chefe da DME (Divisão de Monitoramento Eletrônico), o processo de implantação das novas tornozeleiras foi totalmente remodelado, a partir da divisão em regiões. Uma das novidades foi a implantação do Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico da 6ª Região, que contou com o auxílio financeiro do Judiciário Gaúcho. “Quando começamos a migração para o novo sistema, tínhamos menos da metade deste total de presos monitorados”, recorda Éberson. “Hoje temos um sistema pioneiro no Brasil, com tecnologia suíça e ainda somos o único estado com este tipo de equipamento”, complementa.
Além de eficiente e de o equipamento apresentar grande resistência, o sistema utilizado no Rio Grande do Sul é o único que opera com técnicos 2 e 3G. Todos os demais operam somente em 2G. O processo de implantação do novo sistema foi iniciado em 29 de maio do ano passado, na 8ª Delegacia Regional Penitenciária, em Santa Cruz do Sul. Em 1º de julho, o novo monitoramento chegou à região de Pelotas. Somente em 28 de agosto de 2019, as novas tornozeleiras começaram a ser instaladas na região de Porto Alegre.
Futuramente, a ideia é que o processo de monitoramento eletrônico passe a ser unificado, ficando sediado junto ao local onde irá funcionar o Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), cujo projeto se encontra em processo de aprovação pela Prefeitura Municipal da Capital. O Nugesp ficará localizado em área contígua ao terreno onde hoje está situado o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF).