Um pedido feito pela defesa de Leandro Boldrini – condenado a 33 anos e oito meses de prisão pela participação da morte do filho, Bernardo Uglione Boldrini – quer a anulação do júri realizado em março em Três Passos. Segundo informações da GaúchaZH, os advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Vares alegam que a decisão dos jurados contraria as provas contidas no processo. “Nós entendemos que não há prova de nada disso nos autos. Ele não estava sendo acusado de ter sido um pai omisso. A acusação feita não ficou provada pelo MP”, dizem Vares e Vetoretti.
Além de contestar a pena, a defesa de Boldrini quer a anulação do julgamento. O médico foi acusado pelo Ministério Público de ser o mentor intelectual do plano para matar Bernardo. Conforme a denúncia, ele planejou e financiou o crime. “O Leandro usou o direito constitucional de ficar em silêncio. Mas o MP quis consignar as perguntas. Isso causa embaraço, constrangimento, interfere no ânimo dos jurados, que acabam pensando “quem cala, consente”. Portanto, há prejuízo para o réu. É um meio transverso de violar o direito ao silêncio” destacam os advogados. Durante aquela sessão, a defesa de Boldrini já havia registrado que poderia pedir a anulação do julgamento.
Relembre as condenações
Graciele Ugulini: 34 anos e sete meses. Por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Edelvânia Wirganovicz: 23 anos. Por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Evandro Wirganovicz: nove anos e seis meses. Por homicídio simples e ocultação de cadáver.
Leandro Boldrini: 33 anos e oito meses. Por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
O Sul