Equipe de médicos fiscais do Departamento de Fiscalização (Defis) do Cremers esteve em Osório, na última terça-feira (10), para vistoria no Hospital São Vicente de Paulo.
Atendendo à solicitação do Ministério Público (MP-RS), foi conferida a estrutura de atendimento disponível para a população, em especial, os serviços de urgência e emergência. A equipe averiguou o funcionamento da instituição, a estrutura física e as instalações, assim como acompanhou o fluxo de atendimento. Também conversou com médicos e verificou as escalas de trabalho, a disponibilidade de leitos para internação, o funcionamento do processo de transferência de pacientes, além de verificar se medicamentos, equipamentos, insumos e acessos a exames estão adequados.
Em reunião com a direção, a equipe buscou informações sobre a atual situação da instituição, que está sob intervenção judicial desde outubro de 2022, após o MP-RS colocar o Estado como responsável pela administração temporariamente.
“O hospital é estratégico para a região, atende a 21 municípios na área ambulatorial e a sete em urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particular. Atualmente, tem condições de ampliar os serviços oferecidos”, salientou a médica que integra a Comissão de Interdição do São Vicente de Paulo, Eleonora Gehlen Walcher.
Ao todo, a instituição realiza uma média de 1700 atendimentos de urgência e emergência ao mês. Conta com 115 leitos, sendo dez de UTI. O corpo clínico é formado por 190 médicos, contratados como Pessoa Jurídica (PJ). Desses, 80 atendem exclusivamente pelo SUS.
Após a elaboração do relatório de fiscalização, o Defis se reunirá com o diretor técnico do hospital para apresentar apontamentos e, caso necessário, sugerir ajustes de condutas e procedimentos.
O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, destaca a importância do diagnóstico das estruturas e das condições de trabalho. “O Conselho está atento ao funcionamento dos estabelecimentos de saúde no estado e, por meio das ações de fiscalização, avança para garantir mais segurança à atividade médica e um serviço de qualidade à população”, ressaltou.