Aderindo a uma estratégia de prevenção ao vírus da gripe (influenza) proposta pela Secretaria da Saúde (SES), 76 municípios gaúchos aplicaram 21.391 doses de vacina em 655 abrigos no Rio Grande do Sul, o que corresponde a 81% desses espaços. A ação ocorreu entre 16 e 20 de maio.
O número de doses aplicadas corresponde a 31,2% do total de 68.345 pessoas que estão nos abrigos, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social atualizados em 22 de maio. Parte dos municípios já havia adotado a estratégia de vacinação nos abrigos antes da orientação estadual, e outros seguirão vacinando. Muitos abrigados também pertencem a grupos prioritários e receberam a imunização antes da enchente. Algumas cidades relataram casos de recusa da vacinação.
“Vacinar nos abrigos é uma estratégia importante para proteger a população atingida pelo desastre meteorológico de complicações de saúde relacionadas à influenza”, explica Eliese Denardi Cesar, chefe da Seção de Imunizações da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à SES. A vacina está disponível também nas unidades de saúde e pode ser realizada a partir dos seis meses de idade.
Campanha
A campanha nacional de vacinação contra a gripe foi iniciada no Rio Grande do Sul em março, direcionada aos grupos prioritários. No começo de maio, a campanha foi ampliada para a população em geral com as doses remanescentes, passando a disponibilizar vacinas para todas as pessoas acima dos seis meses de idade.
No Rio Grande do Sul, foi vacinado até agora 40% do público prioritário da campanha, composto por gestantes, puérperas, idosos, crianças e povos indígenas. Ao todo, já foram aplicadas, neste ano, mais de 2 milhões de doses no Estado.
Prevenção
Ambientes fechados e com aglomeração de pessoas são propícios ao aparecimento de doenças infecciosas respiratórias. Por isso é importante ter atenção para algumas medidas de prevenção:
- proteger a boca e o nariz ao tossir e espirrar com um lenço de papel (na falta de um lenço, a recomendação é usar a dobra interna do cotovelo);
- evitar tocar olhos, nariz ou boca com as mãos após contato com superfícies;
- fazer a higiene das mãos com água e sabão (caso não disponíveis, pode ser utilizado álcool gel – nesse caso, deixar as mãos secarem naturalmente) após tossir ou espirrar e antes de tocar olhos, boca e nariz;
- higienizar as mãos antes das refeições e após usar o banheiro.
Texto: José Luís Zasso/Ascom SES
Edição: Felipe Borges/Secom