Nesta quarta-feira (8/2), a Secretaria da Saúde (SES) passa a circular, em suas redes sociais, a campanha de prevenção ao HIV/aids no carnaval 2023. Com o slogan “Ô abre alas, mas não deixa a aids passar”, a iniciativa contempla, além de cards coloridos e festivos, vídeos informativos que serão veiculados nas mídias digitais a partir de quinta-feira (9/2).
“A prevenção ao HIV/aids tem de acontecer o ano todo, mas no carnaval intensificamos as ações porque as pessoas ficam mais expostas devido ao clima de festa e divertimento”, afirma a médica sanitarista Leticia Ikeda, do Hospital Sanatório Partenon, referência no atendimento a pessoas com HIV/aids e tuberculose no Estado. O alerta é ainda mais necessário porque a epidemia da doença no Rio Grande do Sul ainda se encontra em situação crítica, apesar da redução dos números de registros de infecção nos últimos anos.
De acordo com Leticia, a taxa de incidência de novos casos se caracteriza como uma epidemia generalizada em que o percentual de pessoas infectadas está acima de 1%. “Esse cenário é o mais desfavorável, do ponto de vista epidemiológico. Por isso é preciso impulsionar ações de prevenção em todo o território.”
Diagnóstico e tratamento
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Sanatório Partenon – hospital próprio da SES, localizado na Avenida Bento Gonçalves, 3722, em Porto Alegre – oferece serviços de prevenção ao HIV e de atendimento a pessoas soropositivas ou que estejam vivendo com aids. O local conta com ambulatório e hospital para adultos, gestantes e crianças e farmácia para antirretrovirais, além do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA Caio Fernando Abreu). Outro serviço, também vinculado à SES, é o Ambulatório de Dermatologia Sanitária, localizado na Avenida João Pessoa, 1327, também na capital.
Em todo o Estado existem serviços municipais e de referências, habilitados para diagnóstico e tratamento. Os interessados devem procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa para obter informações e ter acesso aos preservativos que o SUS disponibiliza nos 497 municípios. As camisinhas são gratuitas e podem ser adquiridas em todo território do Estado. A SES é responsável pela logística de distribuição dos preservativos recebidos do Ministério da Saúde a todos os municípios gaúchos.
Existem, ainda, dois tipos de tratamentos preventivos por meio de comprimidos que podem ser acessados no SUS: Profilaxia pré-Exposição (PrEP), para pessoas que sabem que podem correr o risco de contaminação; e a Profilaxia pós-Exposição (PEP) para pessoas que estiveram em uma situação de provável contaminação nas últimas 72 horas.
Leticia explica que as pessoas podem ter o vírus HIV, mas não necessariamente desenvolverem a aids, que é a doença causada pelo vírus HIV, a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. “Hoje, toda pessoa diagnosticada que entra em tratamento já inibe a manifestação do vírus, por isso a importância da testagem”, avalia.
A médica ressalta que, além de usar preservativos, é importante que as pessoas realizem testagem para o HIV. “Quando alguém sabe que tem o vírus, pode procurar tratamento e ficar com carga viral indetectável. Logo, tratar quem tem o vírus é uma forma de prevenção também.”
Texto: Ascom SES
Edição: Secom