Os banhistas tiveram uma surpresa desagradável no último sábado do ano. Houve uma infestação de águas-vivas no litoral gaúcho e o Corpo de Bombeiros registrou cerca de 3,2 mil casos de queimaduras provocadas pelo animal. De acordo com o comandante da Operação Golfinho no Litoral Norte, Jefferson Ecco, a aparição das águas-vivas se deve a diminuição, nesta época do ano, das correntes marítimas, com as ondas ficando mais baixas.
“Os tentáculos da água-viva carregam uma toxina muito forte, com capacidade para provocar queimaduras e ardência na pele, mas não trazem maiores prejuízos. Exceto se a pessoa for alérgica”, alerta Ecco. “Os ataques são rápidos e podem ser resolvidos ainda na praia, colocando água doce no local atingido”, explica. O comandante diz, ainda, que outra solução é o banhista ter sempre consigo, no kit de praia, ao lado de protetor solar e outros itens, um pote de vinagre. “O ideal é misturar água doce e vinagre. A mistura dos dois líquidos deve ser colocada no local atacado por cerca de 10 minutos, o que vai aliviar a ardência provocada”, ressalta.
Além disso, a pessoa atacada não deve tentar remover os tentáculos da água-viva esfregando toalhas ou areia. Para a remoção dos tentáculos, deve ser utilizada uma pinça e as mãos devem estar enluvadas. Ecco disse ainda que nos últimos anos os ataques de águas-vivas têm sido tão frequentes, que a corporação adotou uma bandeira para avisar os banhistas. “Toda a nossa costa agora conta com bandeiras na cor roxa ou púrpura, como preferir chamar. Quando ela estiver hasteada, é que no local existe a presença do animal”, salientou.
Correio do Povo