Durante o mês de maio, em meio às fortes chuvas no Estado, o Hemocentro do Rio Grande do Sul (Hemorgs), vinculado à Secretaria da Saúde (SES), intensificou os pedidos de doação de sangue. Um total de 1.716 doadores compareceram ao serviço, localizado na avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre. Isso significou 29% a mais de doações que a média do mês de maio dos últimos cinco anos.
Além das atividades de atendimento aos doadores, o Hemocentro esteve empenhado no processamento, na realização de exames e na liberação do sangue doado, bem como na logística de transporte de bolsas para transfusões e de medicamentos hemoderivados em todo o território gaúcho.
“Quando as enchentes iniciaram, nossa preocupação era garantir estoques de sangue para os pacientes que precisassem em todas as regiões do Estado. Devido às quedas de barreiras e aos rompimentos em estradas que aconteceram de forma tão generalizada, o trânsito de insumos, pacientes e doadores ficou imediatamente comprometido”, explica a chefe da Divisão de Hemoterapia do Hemorgs, Aline Gularte.
Ela avalia que a sociedade respondeu muito bem ao chamado feito, com a presença de um número expressivo de doadores, sendo possível auxiliar as necessidades dos serviços hemoterápicos. Aline lembra também que, por algumas semanas, foi necessário estabelecer o atendimento exclusivo por agendamento pela enorme procura de doação.
“Foi preciso organizar as doações em relação ao tempo, pois o sangue doado visa atender às demandas dos serviços, evitando gerar desperdício, com doações sempre em quantidades suficientes para a produção dos componentes necessários nas terapias transfusionais”, conta.
O sangue é um tecido vivo e, para preservar as características importantes para o receptor precisa ser utilizado em um intervalo de tempo restrito. Para plaquetas, por exemplo, o período para uso (ou validade) é de cinco dias; para hemácias, de 35 dias.
Situação atual
Nos primeiros dias de junho, a área técnica de coleta do Hemocentro já registra uma diminuição da procura pela doação de sangue. Conforme a diretora do Departamento de Sangue e Hemoderivados da SES, Kátia Brodt, apesar das enchentes, os serviços estão funcionando normalmente e não houve dano estrutural às instalações dos hemocentros da rede no RS. Ela informa que os estoques ainda estão adequados – no entanto, é necessário um reforço de sangue do tipo O negativo.
Em decorrência da diminuição dos agendamentos para as doações nos últimos dias, o Hemocentro da capital voltou a atender doadores não agendados.
Agendamento
Para maior agilidade e fluidez no atendimento o ideal é que os doadores façam o seu agendamento em horário e local desejados. Até o final de junho os agendamentos para doação podem ser feitos pelo nesta página, com marcações disponíveis para o Hemorgs (Porto Alegre), Hemopasso (Passo Fundo), Hemopel (Pelotas) e Hemosm (Santa Maria).
A partir de 1º de julho, os agendamentos voltarão a ser realizados no sistema anterior (que ficou fora do ar pelo desligamento do centro de dados da Procergs), disponível nesta página, na qual também há mais informações sobre o assunto.
Texto: Ascom SES
Edição: Anelize Sampaio/Secom