CEEE Grupo Equatorial investe em projeto de Rota Elétrica interligando cidades do Mercosul

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Parceria com a Universidade Federal de Santa Maria possibilita condições de abastecimento para veículos elétricos

A CEEE Grupo Equatorial está desenvolvendo, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento que permitirá, já em 2023, que usuários de veículos elétricos possam se deslocar, com segurança de abastecimento, por todo o território gaúcho. A “Rota Elétrica Mercosul – Suporte ao Desenvolvimento e Gerenciamento para Mobilidade Inteligente” (https://ceee.equatorialenergia.com.br/noticias/ceee-grupo-equatorial-investe-em-projeto-de-rota-eletrica-interligando-cidades-do-mercosul ou https://www.instagram.com/p/CiKpjw2uvNM/) é resultante de um projeto de pesquisa aprovado por meio da Chamada P&D no 22 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com recursos na ordem de R$ 18 milhões, disponibilizados pela CEEE Grupo Equatorial e com execução da Universidade Federal de Santa Maria.

A “Rota Elétrica Mercosul” tem 916 km e será composta de estações de recarga rápida nas cidades gaúchas de Torres, Osório, Eldorado do Sul, Barra do Ribeiro, Cristal, Pelotas, Arroio Grande, Jaguarão, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Chuí. Isso possibilitará viajar de carro elétrico até o Uruguai, que já possui uma rota de estações de recarga. A partir do país vizinho, também será possível chegar a Buenos Aires, na Argentina, pela travessia do estuário do Prata. Além disso, há a possibilidade de interligação com o Paraguai seguindo pelas estações de recarga que já existem das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

A coordenadora do projeto pela UFSM, professora Alzenira Abaide, afirma que a integração é um trajeto que se conecta. “Além de todo o benefício ambiental na utilização de veículos elétricos, os três estados da região Sul do Brasil recebem muitos turistas que vêm do Uruguai, Argentina e Paraguai em direção ao litoral. Vamos colocar à disposição uma rota elétrica, barateando a viagem e fazendo o turismo daqui ser ainda mais atrativo”, diz.

O projeto

No Rio Grande do Sul, as estações começarão a ser instaladas a partir do mês de dezembro em locais em que já existem conveniências para que o motorista esteja em um local seguro para fazer a sua recarga. Segundo Ilana França dos Santos, Analista de Operações de Pesquisa & Desenvolvimento da CEEE Grupo Equatorial, esta etapa do projeto levará cerca de um ano. “Depois haverá a comunicação com um aplicativo que informa em tempo real se a estação está disponível ou se está ocupada, além da funcionalidade de reserva de horário para evitar filas. O objetivo é dar conforto aos consumidores que vão trafegar pela rota”, afirma Ilana.

Após a entrada em operação da rota, será iniciada a análise do comportamento das estações. Durante a execução do projeto, que se encerra em setembro de 2024, não haverá nenhuma cobrança pelas recargas. “A legislação relacionada à cobrança de energia, atualmente, ainda não contempla esse tipo de situação. Hoje, apenas as concessionárias podem cobrar pela venda de energia”, diz Alzenira.

Abastecimento

As estações da Rota Elétrica Mercosul terão capacidade de fazer recargas rápidas, em 30 minutos. Em média, as estações com recarga semirrápida levam de 4h a 8h e as lentas, de 8h a 12h. Alguns fatores influenciam no tempo, como o estado da bateria do veículo, a quantidade de carga que ela apresenta no momento do abastecimento, congestionamentos ou qualquer outro fator que faça com que a viagem não siga um fluxo normal. Por isso, apesar de os veículos elétricos apresentarem, em média, 390 km de autonomia – a partir dos testes dos fabricantes em ambientes controlados – as estações de recarga serão montadas a cada 100 km, aproximadamente, para dar ainda mais segurança e tranquilidade aos viajantes. “Nós pretendemos colocar uma microrrede junto à estação a ser instalada em Osório, com aerogerador e painéis fotovoltaicos. Durante o dia, com sol e/ou vento, a geração de energia se tornará ainda mais limpa. Outra frente do projeto também analisará o impacto dos abastecimentos para rede. Em resumo, teremos aí três fontes de energia”, explica Ilana.

Equipe

Os pesquisadores do projeto são doutores em diferentes áreas. A equipe é composta pelos seguintes perfis:

– 1 Pesquisador especialista na área de distribuição de energia, para analisar os impactos das estações no sistema;
– 1 Professor especialista em telecomunicações, que cuida da parte de comunicação entre as estações e os veículos;
– 1 Professor especialista em informática, para desenvolver os aplicativos;
– 1 Professor especialista auxiliará a equipe nas soluções matemáticas com atuação transversal em todas as funções descritas acima.

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