Com o intuito de beneficiar pessoas com deficiência (PcDs) em vulnerabilidade social e suprir parte das necessidades das famílias afetadas pela pandemia, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social (SICDHAS) e em parceria com o Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), do Ministério Público (MP-RS), distribuiu 513 cestas básicas a esta população. A ação Segurança alimentar: Um Direito de Cidadania em Tempos de Pandemia ocorreu na tarde desta quarta-feira (8/9) no Atacadão da RS-118, em Gravataí.
A ação é oriunda do repasse de R$ 1,5 milhão via proposta emergencial e convênio com o FRBL, possibilitando a aquisição total de mais de 10 mil cestas básicas a serem destinadas a entidades que atendem famílias em situação de vulnerabilidade em todo o Estado, entre eles a população indígena, PcDs, LGBTs e povos de matriz africana.
Participaram da entrega a titular da SICDHAS, Regina Becker, o presidente da Fundação Rio-Grandense de Atendimento ao Excepcional (Faders), Marquinho Lang, o ex-procurador-geral de Justiça e presidente do FRBL, Fabiano Dallazen, o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MP-RS, Daniel Martini, e a diretora das Promotorias de Justiça de Gravataí, promotora de Justiça Luciana Willig Sanmartin.
“É uma alegria estar aqui, neste momento especial, podendo fazer a divisão desses alimentos à população de PcD que sofre com a exclusão e, em tempos de pandemia, ainda mais com o desemprego. É uma frente que estamos atuando na busca pela redução dessa tragédia e da fome de quem mais foi afetado pela pandemia. Sabemos que a fome tem pressa”, salientou a secretária Regina Becker.
“É a atuação eficiente do Ministério Público em todas as áreas de importância para a cidadania que faz com que esse dinheiro do ilícito reverta para tantas áreas importantes e, nesse caso, fundamental para minimizar a fome que atinge tantas pessoas em situação de vulnerabilidade nesse momento de crise sanitária e econômica pelo qual passamos”, disse o presidente do FRBL, Fabiano Dallazen.
“As PcDs foram as primeiras pessoas a irem para casa na pandemia e estão sendo as últimas a voltarem, exigindo do poder público uma atenção maior. Então essa ação tem um valor muito grande e mostra a sensibilidade do Ministério Público e do governo do Estado em compreender que nós somos iguais e incrivelmente diferentes”, destacou o presidente da Faders, Marquinho Lang.
Também estiveram presentes representantes de entidades de Bagé, Gravataí e Porto Alegre: Associação Bageense dos Deficientes Físicos, Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (Adevic), Associação das Pessoas com Deficiência Visual e Amigos de Gravataí, Associação de Pais e Amigos do Centro Abrigado Zona Norte (Apazacon), Associação de Cegos Louis Braille, Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), Lar da Amizade e União de Cegos do RS (Ucergs).
“Ter a liberação dessas cestas é um ganho muito grande, pois em Bagé existem muitas PcDs que estão em situação de vulnerabilidade social e essa proposta acaba aproximando essas pessoas”, afirmou a presidente da Associação Bageense dos Deficientes Físicos, Cimone Barbosa Gonzales Halberstadt,
O membro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, William Gabriel Flores, parabenizou a iniciativa e frisou que as cestas serão importantes para as entidades que trabalham com as pessoas com deficiência no Estado. “É uma ação que faz com que nós, PcDs, consigamos assumir o protagonismo na sociedade e em um governo que ouça essa parcela da população, de fato”, declarou.
Texto: Carolina Zeni/Ascom SICDHAS
Edição: Secom