TRAMANDAÍ : Operação contra quadrilha que ameaçava policiais tem 38 presos

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A Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3ªDPRM) de São Leopoldo, deflagrou na manhã desta sexta-feira a Operação Omertà, com o objetivo de desarticular organização criminosa no Vale dos Sinos e em outras regiões do Estado. O grupo era conhecido por realizar ameaças a policiais civis na região. Cerca de 150 agentes foram mobilizados para a ação e cumpriram mandado de prisão para 48 pessoas –  até o momento, 38 foram presas. Também foram apreendidos documentos, celulares, drogas e comprovantes de depósitos bancários.

As ordens judiciais são para as cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Alvorada, Poço das Antas, Arroio do Meio, Tramandaí, Três Cachoeiras, Montenegro, Charqueadas, Caxias do Sul e Lajeado. Entre os mandados, 16 foram cumpridos em presídios. Os crimes investigados são lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, coação no curso do processo e denunciação criminosa.

Segundo o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, a investigação começou em maio deste ano. “Demos início com uma apuração de supostas ameaças a policiais, as quais, de lá para cá, acabamos comprovando. Chegamos ao inquérito que foi encaminhado às autoridades públicas de São Leopoldo hoje mesmo pela manhã”. Durante as diligências, foram encontrados R$ 2,5 milhões em valores sequestrados em imóveis, R$ 1 milhão sequestrado em veículos e mais de 30 contas bancárias foram congeladas, além de valores monetários sob apuração e em sigilo.

Os agentes ainda identificaram um dos líderes de uma facção no Vale dos Sinos, que está na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Mesmo de dentro da prisão, exercia função de comando. Entre os presos na operação desta sexta, estão a mãe e os irmãos dele.

As investigações apontaram também um outro indivíduo, braço direito do líder nas funções de contabilidade da facção, que se tornou gerente após a morte de um integrante, em 2017. “Através de anotações de contabilidade, foi possível chegar a outras pessoas, de diversas localidades, que recebiam valores expressivos e exerciam diversas funções dentro da organização criminosa, como laranjas, que emprestavam suas contas para lavagem de dinheiro advindo de práticas criminosas da facção”, completou o delegado.

 

Correio do Povo

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