Paciente do CER Tayler Moreira contagia a todos com alegria e vitalidade

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Para família do garoto, ele ser atendido pelo CER em Osório, perto de casa, com qualidade e profissionais treinados é uma conquista

Muitas vezes, ficamos sabendo de uma nova obra inaugurada pela Prefeitura, ou de um novo equipamento, achamos “bacana”, mas não nos damos conta, de fato, do que significa, parece distante de nós. Mas então nos deparamos com uma foto e postagem nas redes sociais, de um menino lindo, como Tayler José Ferreira Moreira, de 10 anos, em sua primeira ida ao CER – Centro de Reabilitação Físico, Auditivo e Visual, e o que antes parecia ser só teoria, emociona e ganha sentido.

O CER foi inaugurado em março deste ano, pela Prefeitura de Osório, mas para a pedagoga Renata da Silva Ferreira Moreira, mãe de Tyler, a expectativa já vinha, desde há um ano, quando a possibilidade foi anunciada. “Queríamos muito voltar a tratar nosso filho, que frequentou a AACD em Porto Alegre por quatro anos. E estar na nossa cidade, sem ter que enfrentar horas de viagem, lutando com as dificuldades, as convulsões do Tayler, era um sonho”, declarou a mãe.

Tayler foi diagnosticado, aos dois anos, com Paralisia Cerebral Espástica e Epilepsia, é, portanto um menino especial, mas especial em todos os sentidos: alegre, esperto, inteligente e ágil, já conta em seu currículo com grandes vitórias, como ter contestado os laudos iniciais sobre sua condição: “o médico foi curto e grosso, nos dizendo, para mim e meu esposo, que nosso filho seria vegetativo, não falaria e nem andaria. Hoje, os profissionais que vêem o laudo são taxativos em afirmar que ele evoluiu muito, mais do que esperado”, ressaltou Renata.

Da descoberta da doença, até este momento, muitas foram às lutas da família: a inclusão na escola, atualmente ele freqüenta a APAE, cinco vezes por semana; a busca da medicação, cara e fornecida pelo Estado; o controle dos efeitos colaterais, como as convulsões. Enfim, uma caminhada dura, mas que vale a pena quando se contempla o sorriso feliz de Tayler. Por isso, realizar parte do tratamento em Osório foi comemorado por Renata e sua família. “Ele adorou os profissionais, o tratamento e o atendimento. Para nós, podermos estar perto de casa, com o apoio da família e sem os gastos da viagem e contanto com a qualidade do CER é tudo de bom”.

Para o secretário de Saúde Emerson Magni, essa é a função de equipamentos como o CER, melhorar a qualidade de vida dos osorienses. “Essa é uma demanda antiga. Nas visitas pela cidade, as mães, como Renata, sempre abordavam a gente e diziam que, tinham que se descolar, pegar transportes de ida e de volta porque todos os centros de reabilitação ficavam na capital ou em municípios distantes. Essa unidade é uma prova muito clara do compromisso da gestão com as pessoas com deficiência”, afirmou Magni.

O CER

Para buscar os serviços oferecidos pelo CER, gerido pelo Instituto Maria Schmitt, o paciente deve procurar uma unidade de saúde do bairro onde mora, que fará o encaminhamento de acordo com o perfil necessário para o atendimento. O centro não tratará pacientes que não tenham sido encaminhados pela unidade de saúde.

O atendimento é realizado de forma articulada com os outros pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde, através de Projeto Terapêutico Singular, cuja construção envolve a equipe, o usuário e sua família. Sediado em Osório, no bairro Medianeira, deve atender os 23 municípios da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde, totalizando uma população de aproximadamente 400 mil habitantes. ​

 

Camila Knack

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