Cinco cidades gaúchas já estão sem combustível

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O Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro) garantiu nesta quarta-feira (23) que cinco cidades gaúchas já enfrentam falta de combustíveis em alguns postos em decorrência da greve dos caminhoneiros. Canguçu, Pelotas, Osório, Uruguaiana e Bagé constataram hoje as primeiras bombas secas. Este é o terceiro dia de paralisação dos caminhoneiros em todo o país, que protestam contra a alta no valor do diesel.

Pelotas foi o primeiro município gaúcho a registrar escassez de combustíveis ainda ontem. No entanto, a greve dos trabalhadores do setor de transporte de cargas em mais um dia agravou a situação. Agora, o temor é de que outros produtos, como alimentos e remédios, também comecem a faltar no Estado.

A paralisação já afeta o abastecimento de produtos do setor atacadista, que vêm de fora do Estado, na Ceasa. A situação tende a se agravar se a greve se mantiver pelos próximos dias, atingindo, inclusive, os produtores. Em algumas rodovias, os manifestantes não permitem que veículos de carga trafeguem.

Neste momento, 27 pontos registram manifestações de caminhoneiros no Estado.

Empresa paralisa atividades

A manifestação dos caminhoneiros – que ocorre desde ontem – deve prejudicar também o setor alimentício. A Cooperativa Central Aurora Alimentos confirmou, em nota, que vai paralisar as atividades das indústrias de processamento de aves e suínos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul nesta quinta e sexta-feira.

De acordo com a nota, a suspensão tornou-se inevitável devido aos efeitos dos protestos que impedem a passagem dos caminhões com os insumos necessários ao funcionamento das indústrias e ao escoamento do produto final. “A capacidade de estocagem de produtos frigorificados – de 50 mil toneladas – está exaurida”, garante a nota.

GM suspende fabricação de veículos em Gravataí

Em Gravataí, a fábrica da General Motors (GM) também suspendeu atividades, por tempo indeterminado, em função das manifestações. Em nota, a montadora esclarece que o movimento dos caminhoneiros impactou o fluxo logístico nas fábricas no Brasil, “com reflexo nas exportações”.

Ainda conforme o comunicado, com a falta de componentes, as linhas de produção começaram a ser paralisadas e o complexo, a enfrentar dificuldades na distribuição de veículos à rede de concessionárias.

 

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