Bancada gaúcha gasta R$ 10,5 milhões de cota de atividade parlamentar

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Maiores custos referentes aos deputados do RS na Câmara foram referentes a bilhetes aéreos

Entre janeiro e novembro deste ano, os 34 deputados federais gaúchos no exercício do mandato gastaram R$ 10,5 milhões dentro da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). A cota, mensal, é destinada a custear 22 tipos de gastos listados pela Câmara dos Deputados como relacionados ao exercício do mandato, como bilhetes aéreos, divulgação de atividades, manutenção de escritórios ou compra de combustíveis, e varia de acordo com o Estado. No caso do Rio Grande do Sul, cada deputado federal pode utilizar R$ 40.875,90 ao mês. O valor é um dos que se somam ao subsídio mensal dos parlamentares, que até o final desta legislatura será de R$ 33.763,00.

Dos R$ 10.499.710,95 utilizados pelos gaúchos em 2018, até agora, dentro da Ceap, os maiores custos foram os referentes à emissão de bilhetes aéreos, que totalizaram R$ 2.634.445,02. Sete parlamentares usaram mais de R$ 100 mil no ano com bilhetes. A divulgação da atividade parlamentar dos gaúchos se constitui na segunda maior despesa dentro da cota nos 11 meses, consumindo R$ 1.695.976,53, mesmo que gastos referentes a ela sejam, em anos de eleições, vedados no período entre os 120 dias que antecedem o pleito e o seu término. Cinco deputados superaram os R$ 100 mil na divulgação e dois chegaram perto disso.

A manutenção de escritório de atividade parlamentar é o terceiro maior valor: R$ 1.545.770, 17. A locação ou fretamento de veículos automotores vem em seguida, com R$ 1.502.002,20. E os gastos com combustíveis e lubrificantes automotivos correspondem ao quinto grupo que mais consumiu valores da cota, com R$ 1.103.233,17.

Reajuste 

Apesar da proximidade do recesso, a Câmara ainda não deu início publicamente aos debates sobre o aumento do subsídio dos deputados, que são nivelados aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os reajustes ocorrem sempre ao final de cada legislatura, com validade para a legislatura seguinte. No final de novembro, o presidente Michel Temer (MDB) sancionou o reajuste de 16,38% nos subsídios de ministros do STF e do procurador-geral da República, e os valores subiram de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,00.

Correio do Povo

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